Em “lotação” e fretamento, clandestinos são maioria entre autuados pela Agepan

Campo Grande (MS) – Nas mais recentes fiscalizações da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan), o transporte clandestino foi responsável pela maior parte das autuações e multas. Condutores atuando de forma ilegal no transporte de passageiros, fazendo “lotação” em veículo de passeio, ou fretamento não autorizado, foram flagrados em diferentes regiões.

BR-262

Na quarta-feira (10), somente na operação na BR-262 em Miranda, foram emitidos 11 autos, sendo dez para automóveis de passeio. Os flagrados faziam viagens remuneradas não autorizadas para transporte de pessoas a partir de Corumbá, com destino a Campo Grande ou a Miranda. Entre os autuados, um veículo que possuía placa vermelha, porém, não tinha cadastro de permissão como táxi, modalidade que somente é permitida entre municípios em casos excepcionais.

Na mesma operação, micro-ônibus de uma empresa de fretamento foi autuada por falta de condições de equipamento, já que apresentava um dos pneus em estado inadequado para rodagem. Os passageiros eram bolivianos, também vindos da região de Corumbá. Esse é um público que tem sido transportado com frequência por operadores não autorizados. Segundo o coordenador do núcleo de fiscalização, Hélio da Silva Júnior, somente nessa ação, cerca de 90% dos viajantes dos veículos ilegais eram estrangeiros do país vizinho.

Fretamento

Apesar de cadastrado, um micro-ônibus de uma outra empresa de fretamento foi também autuado em Miranda, por não portar a Autorização de Viagem, que é emitida pelas empresas regulares no site da Agepan, a cada deslocamento.

Em Terenos, mais uma vez a Agepan flagrou ônibus de uma empresa a serviço do aplicativo Buser rodando sem a devida autorização de fretamento. A bordo estavam 25 passageiros sendo transportados de forma irregular desde Corumbá para Campo Grande.

Sul

Em Dourados o flagrante de transporte clandestino envolveu também um micro-ônibus de fretamento. Essa é uma modalidade que, assim como as linhas, exige cadastro da empresa e do veículo, vistorias regulares e porte da documentação legal definida pela Agência, pois se trata de transporte remunerado de passageiros. O veículo autuado levava trabalhadores de um frigorifico, entre Dourados e Fátima do Sul.

Na Capital, também houve uma autuação por problema em equipamento de segurança, em ônibus de empresa que sairia do terminal rodoviário com destino a Ponta Porã e apresentou o extintor de incêndio com data de validade vencida.