Campo Grande (MS) – Em mais uma etapa da operação para coibir o transporte clandestino intermunicipal de passageiros, a Agepan realizou hoje (22.02) fiscalizações estratégicas no município de Sidrolândia. A cidade é ponto de partida de um considerável número de carros particulares que fazem ilegalmente o transporte remunerado, especialmente com destino a Campo Grande.
A presença ostensiva da fiscalização inibiu a prática ilegal e um movimento acima da média foi constatado na rodoviária, na compra de passagem e embarque do transporte regular.
Com apoio das Polícias Militar e Civil, duas equipes atuaram simultaneamente em operações volantes, no terminal rodoviário de Sidrolândia e na avenida de acesso à BR-060. Até o fim da manhã, foram feitas 30 abordagens. Não foram flagrados veículos fazendo o transporte clandestino.
“Nós avaliamos que a presença da fiscalização inibiu a operação dos transportadores irregulares, o que é o objetivo. Tão importante quanto isso, é o passageiro compreender a importância de somente utilizar os meios legais para viajar”, diz o diretor de Fiscalização e Normatização da agência reguladora, Ayrton Rodrigues. “O fato de a oferta de viagens particulares ter desaparecido no dia de hoje já é uma indicação clara ao usuário de que esse é um transporte que opera na ilegalidade, no qual ele não deve confiar”, reforça.
No terminal rodoviário, segundo o chefe do Núcleo de Fiscalização, Hélio da Silva Junior, foi observado movimento intenso, constatação confirmada no guichê da concessionária que opera regularmente a linha Sidrolândia-Campo Grande.
Balanço
Desde o dia 15, quando teve início essa operação especial, foram feitas em torno de 180 abordagens a veículos de passeio, ônibus e micro-ônibus. Houve autuações e duas apreensões. Em um dos flagrantes, o motorista de um carro particular que levava quatro passageiros, cobrando R$ 20,00 de passagem de cada um, realizou manobra perigosa na BR-060 e invadiu o pátio de um frigorífico para tentar fugir da abordagem dos fiscais.
Casos concretos como esse de risco à segurança já ocorreram em outras ocasiões. Além desse perigo, o passageiro que aceita o aliciamento do clandestino acaba utilizando um serviço que não paga os devidos impostos, não tem a tarifa controlada, não gera empregos e que visa somente o lucro individual do transportador. “É um serviço que pode prejudicar o próprio usuário tanto no momento da viagem, quanto a médio prazo, porque compromete a situação das empresas que são regularizadas e devidamente fiscalizadas”, ressalta o diretor Ayrton Rodrigues.
A operação continua por tempo indeterminado.