Os debates temáticos no 10º Fórum Mundial da Água tiveram início nesta segunda-feira (20), em Bali, Indonésia (noite de domingo no Brasil), buscando o engajamento dos principais atores quando se trata de definir ações para a preservação e o aproveitamento da água em todo o Planeta. Seja para o consumo humano, seja como matéria prima para praticamente todo o setor produtivo e, especialmente, na garantia da qualidade ambiental, o manuseio da água requer um engajamento global. É o que o evento começa a discutir.
Após um primeiro dia de valorização do bem “água” em cerimônia cultural tradicional típica balinesa na recepção aos participantes de todo o mundo, o Fórum iniciou com o reconhecimento ao Marrocos, com o prêmio Great World Water Prize, como o país que mais desenvolveu tecnologias na área de energia renovável.
A matriz hídrica é das fontes mais limpas de geração, o que associa a preservação da água diretamente a outros insumos essenciais de desenvolvimento. O diretor de Gás, Energia e Mineração da Agência Estadual de Regulação, Matias Gonsales Soares, está no Fórum, também representando Mato Grosso do Sul na busca de conhecimento, e de fortalecimento da posição como um Estado Verde, onde políticas de desenvolvimento e de regulação consideram os impactos socioambientais.
“O grande objetivo das discussões que começaram é engajar os principais atores e definir ações para o assunto água. Além disso, é consenso a necessidade de encontrar novas soluções de financiamento para as ações que forem definidas”, explica Matias. “É um grande desafio desenvolver políticas para a água com diálogo entre todos os países, os financiadores, e todas as pessoas que necessitam desse bem que pode ser tornar tão escasso para o ser humano”.
Com cerimônia protocolar, as boas-vindas do presidente da Indonésia, Joko Widodo, e palestra inicial do empresário de tecnologia Elon Musk, o Fórum lançou holofotes aos primeiros temas de discussão. Até o dia 23, entes governamentais, empreendedores, setor privado dos mais diferentes nichos, estudiosos e pesquisadores estarão unidos para avaliar o cenário atual, conhecer bons exemplos, se debruçar sobre desafios e buscar caminhos para enfrentar problemas atuais e futuros.
Entre as metas está a de encorajar inovações, “ou seja, colocar novos ideias e instrumentos a serviço da solução das questões envolvendo a água”, explica o diretor da AGEMS presente no Fórum. “Sobreviver, produzir, plantar, industrializar, garantir o equilíbrio do sistema da fauna e da flora. O mundo precisa de tudo isso, e para tudo isso tem que cuidar da água”.
Por Gizele Oliveira