Utilizando a análise de dados, a Agência Estadual de Regulação (AGEMS), desenvolveu uma nova ferramenta para sistematizar e monitorar dados da qualidade da água na bacia do Rio Formoso, em Bonito. A iniciativa utiliza painéis de Business Intelligence (B.I.) para dar suporte técnico ao acompanhamento de metas ambientais, com destaque para a eficiência na remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).
Nesta quarta-feira (18), a Diretoria de Saneamento Básico e Resíduos convidou para apresentação da ferramenta o secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thaner Nogueira e representantes técnicos da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (SEGOV), do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), da Semadesc e Secretaria de Meio Ambiente de Bonito.
O instituto é parceiro da Agência na disponibilização de dados de controle ambiental utilizados na avaliação. A parceria estratégica também acontece com a SEGOV, que demanda a ferramenta como um importante instrumento de política pública e vai trabalhar com os engenheiros da Agência no refinamento de todos os dados do B.I.
A diretora-presidente em exercício da AGEMS, Rejane Monteiro, destaca que o compartilhamento do novo painel inteligente de dados com as demais instituições é um avanço importante para integrar conhecimento técnico e tomada de decisão, em benefício da preservação dos recursos hídricos e da prestação de serviços ao cidadão. “O trabalho conjunto pode transformar dados em soluções concretas para os desafios da sustentabilidade, fortalecendo a regulação e as políticas públicas
O painel foi construído com base em mais de 3,4 mil amostras de água analisadas entre 2013 e 2025, a partir de dados fornecidos pelo Imasul e informações complementares da Sanesul, responsável pelos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Município. A análise contemplou diferentes pontos da bacia, que recebe efluentes que passaram pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
O Formoso, principal rio da bacia, é um recurso hídrico de classe especial – o mais alto nível de preservação ambiental. E o monitoramento da DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio – é um indicador que mede a carga de poluição orgânica na água, fundamental para garantir a preservação da qualidade do rio.
“A parceria entre a AGEMS, a SEGOV, a Semadesc, o Imasul, o Município e demais parceiros permite consolidar uma leitura estratégica e confiável sobre a situação da bacia. A contribuição técnica da regulação vem para somar aos esforços de cada instituição na definição e execução de políticas socioambientais”, destaca a diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto.
Durante a reunião, os engenheiros ambientais da AGEMS João Lucas Alves e José Otávio Oliveira demonstraram a estrutura da ferramenta e os indicadores já disponíveis, reforçando como a tecnologia permite uma visão ampliada da eficiência do sistema de tratamento de esgoto em Bonito e das possíveis interferências na qualidade do rio.
A proposta é que o painel funcione como projeto piloto e possa futuramente ser replicado em outras bacias hidrográficas do Estado.
fotos: Cleidiomar Barbosa
foto Rio Formoso: Imasul