A Agems, Agência de Regulação do Mato Grosso do Sul, tem avançado em discussões positivas no desenvolvimento do biogás/biometano. Potencial energético, ambos são combustíveis alternativos que têm despertado interesse crescente no contexto da transição para uma economia mais sustentável e de baixa emissão de carbono.
Como é prerrogativa do Estado realizar os serviços locais de gás canalizado, Mato Grosso do Sul tem desempenhado um grande esforço em estudos e procedimentos técnicos estão sendo definidos para a regulação dessa atividade. Isso permitirá a injeção do biometano na rede de distribuição de gás local, ampliando a participação das fontes renováveis, alternativas na matriz elétrica de Mato Grosso do Sul.
“O Estado e a Agência têm incentivado a busca de fontes renováveis, por isso estamos estabelecendo diretrizes para programas específicos, promovendo capacitações e estratégias para desenvolver esse setor no Estado”, afirma o diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis.
Na abertura da câmara técnica de petróleo e gás, o presidente da Abar, Vinicius Benevides, destacou a importância das reuniões das câmaras técnicas, principalmente no formato presencial após o período da pandemia.
“É um momento excelente de troca de informações e analise do que está acontecendo no setor, é um momento de reuniões presenciais e contatos pessoais, ambos muitos importantes para essa discussão na regulação pública. Estamos fazendo um esforço muito grande para todos falarem a mesma língua, e fazemos isso através do diálogo. Viva a regulação”, destacou Benevides.
Segurança energética e o desenvolvimento do biogás
Diretor de gás canalizado e energia elétrica da Agems, Valter Almeida, contextualizou a posição de Mato Grosso do Sul quanto aos avanços nesse setor.
No ano passado, a agência reguladora criou por meio de parcerias, o comitê biogás/biometano para discutir, estudar e fomentar essa potência energética para o Estado nos próximos anos.
“É importante contextualizar o mercado e a injeção do biometano e ampliar as discussões na busca de tudo o que ocorre nessa cadeia produtiva e trazer para o Estado essa matriz energética. MS está em discussão e o setor sucroenergético é o nosso maior insumo. Estamos em processo de regulamentação do biometano aqui no Estado e temos avançado muito nesse sentido”, aponta Valter.
Informação e expertise
Representando o Instituto 17/Amplum, a pesquisadora Leidiane Mariani aprofundou a discussão no tema apontando a versatilidade de produção e uso na geração de energia descentralizada desses combustíveis. No meio, destacam-se a segurança energética- substituição de combustíveis fósseis, o mercado que traz o desenvolvimento e demanda inovação e o aumento de projetos em biogás/biometano nos últimos anos.
Além da pesquisadora, estiveram na palestra online, Carina Couto da Arsesp, com a palestra sobre Regulação Estadual (SP) para descarbonização da rede de gás: contratos verdes, Gilberto Alvim da ABNT que debateu sobre segurança na distribuição de gás canalizado e a importância do controle olfativo e Alberto da Arsp que trouxe o levantamento de dados da distribuição de gás canalizado do Estado de São Paulo.
Todas as palestras tiveram como moderador, o vice-presidente da Abar e conselheiro da Agenersa do Rio de Janeiro.