Muito além de trabalhos técnicos regulatórios e fiscalizações diárias, a equipe da AGEMS, Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos, também está atenta às necessidades dos cidadãos que ganham a vida ou complementam a renda com a coleta seletiva e que carregam consigo a essência de cuidar do Meio Ambiente.
Essa é a realidade da artesã Eloides Pires, 59, que trabalha com reciclagem há 2 anos. Na quinta-feira (23), ela recebeu em sua casa o diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, e a diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto, que tiveram a oportunidade de conhecer mais de perto esse trabalho desenvolvido no Jardim Batistão.
Em uma bicicleta improvisada, ela busca pelo menos três vezes por semana, todo tipo de papelão e plástico, como garrafas pet, por exemplo, e galões maiores onde as pessoas reutilizam para armazenar sabão de álcool artesanal que é feito com óleo de cozinha já usado.
Ela conta que recolhe os objetos que encontra e transporta até um centro de reciclagem. Cada produto recolhido tem um valor diferente na hora da venda e é dessa forma que ela garante parte de seu sustento.
Impressionado com a disposição e criatividade de dona Eloides para reciclar, o Diretor da Agência de Regulação, Carlos Alberto de Assis, subiu na bicicleta improvisada e afirmou que o trabalho é pesado, mas muito nobre e gratificante.
“É preciso ver de perto a realidade de quem recicla, de quem salva o meio ambiente, que torna a reciclagem dinheiro, fonte de renda. A AGEMS avança cada vez mais nessa discussão e está aqui à disposição para entender as necessidades e conhecer os projetos que envolvem a sustentabilidade. É gratificante estar aqui, conhecer a história e o trabalho que a dona Eloides desempenha em prol de todos. Nós queremos apoiar essa ideia e trabalhar ainda mais a reciclagem e a coleta seletiva”, afirma Assis.
Reutilizável
E não é só de papelão e PET que a artesã recicla. Ela também reutiliza a água potável, lavando calçadas, molhando as plantas e até utilizando para lavar tapetes.
A diretora de Saneamento, Iara Marchioretto, comenta que ouvir a comunidade e entender a realidade de perto é importante para desenvolver novas metodologias e implementar a cultura da educação ambiental.
“É por isso que nós da AGEMS estamos aqui, para aprender como tudo isso funciona. Como os reciclistas trabalham, como se organizam, e o que pode ser melhorado. A história da dona Eloides é um grande exemplo para todos nós”, disse.
Solidariedade
Além de sustentável, dona Eloides também ajuda o próximo. Ela mantém vivo um varal solidário que todos os dias, tem roupas estendidas para ajudar quem passa pelo bairro. Ela também recebe móveis, geladeiras, e coordena as doações para quem precisa.
“Eu acho muito importante esse trabalho, além de complementar a minha renda ajuda o ambiente onde eu moro. As doações também são uma alegria diária. As pessoas sempre passam e pegam as roupas, algumas até se vestem aqui mesmo. Eu fico feliz em ajudar e também fico contente quando alguém deixa uma sacola e ajuda nas doações”, finaliza a artesã.
Fotos: Cleidiomar Barbosa