A indústria utiliza, em seus processos, o óleo combustível que gradualmente será substituído pelo gás canalizado. Toda a unidade já está tecnicamente adequada para utilização do gás
Campo Grande (MS) – A Agepan realizou nos dias 22 e 23 de março uma visita técnica ao gasoduto que atende a indústria Eldorado Brasil Celulose, em Três Lagoas. A empresa passará, em breve, a utilizar o gás natural, fornecido pela Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás). Esse é um dos serviços sob fiscalização da agência reguladora.
“A verificação realizada teve o objetivo de avaliar o atendimento dos aspectos técnicos previstos na Portaria Agepan nº 095/2013, no que se refere a operação, manutenção e segurança dos ramais e sistemas de distribuição. É um trabalho estabelecido no Plano de Atividades e Metas da Regulação do Gás Canalizado de 2016”, explica o diretor de Regulação Econômica, Valter Almeida da Silva, que acompanhou a visita com o coordenador da Câmara Técnica de Gás, engenheiro Edson Delgado, em conjunto com a equipe da distribuidora MSGás.
Em operação desde 2012, a Eldorado Brasil Celulose é uma das maiores e modernas fábricas do setor no mundo, e tem capacidade para produzir até 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano. “A indústria utiliza, em seus processos, o óleo combustível que gradualmente será substituído pelo gás canalizado, trazendo inúmeras vantagens, em termos de custo, melhoria dos processos produtivos e redução significativa nos impactos ambientais. Toda a unidade já está tecnicamente adequada para a utilização do gás canalizado em seu processo industrial”, comenta o diretor da Agepan.
O gasoduto
O gasoduto que leva o insumo até a fábrica se inicia na Estação de Redução Secundária da MSGÁS, seguindo pela faixa de domínio da rodovia BR-158 no sentido Três Lagoas – Selvíria, passando ‘ancorado’ pela ponte Thiago Luiz de Castro, até a entrada da Eldorado.
O duto é de aço carbono de 10 polegadas e irá atuar com pressão de 50 kgf/cm² (quilograma força por centímetro quadrado). Inicialmente a empresa deve consumir 150.000 m³/dia de gás, quantidade que pode ser duplicada ou até mesmo triplicada quando a indústria atingir seu nível de operação máximo.
A Estação de Redução já está totalmente concluída e gaseificada, aguardando a finalização e o detalhamento do processo de entrega para dar início ao fornecimento.