Pesquisa sobre a campanha Abrace essa ideia #useocinto revela que quase metade dos passageiros que dizem utilizar o equipamento de segurança adotaram a medida após receberem as informações.
Campo Grande (MS) – A campanha pelo uso do cinto de segurança nas viagens rodoviárias em Mato Grosso do Sul influenciou na mudança de hábito de muitos passageiros, que aderiram ao equipamento. Em pesquisa feita pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan), 52,3% dos entrevistados disseram que utilizam o cinto durante toda a viagem, e, desses usuários conscientes, quase a metade, 44,7%, afirmaram que adotaram o hábito depois de receber as informações da campanha Abrace essa ideia #useocinto.
A pesquisa foi realizada para avaliar o impacto e os resultados da iniciativa, coordenada pela Agepan, com as parcerias do Governo do Estado, do Ministério Público Federal em MS, concessionária, CCR MSVia, Observatório Nacional de Segurança Viária, Polícia Rodoviária Federal e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Foram ouvidos na pesquisa em torno de 900 usuários embarcados em terminais rodoviários, em Campo Grande e em mais nove municípios em diversas regiões do Estado. Um total de 77,8% dos participantes da pesquisa são passageiros considerados frequentes – viajam ao menos uma vez por mês, por semana, ou diariamente. A maioria, 69,8%, é usuária de ônibus; alguns utilizam tanto ônibus quanto vans regulamentadas (24,9%) e outros 2,5% são usuários apenas de vans.
A obrigatoriedade de os veículos de transporte coletivo saírem de fábrica com o cinto de segurança já existe há quase 20 anos. No entanto, o uso efetivo do equipamento ainda é considerado pequeno. “Resolvemos criar a campanha, em uma iniciativa conjunta com o Ministério Público Federal e depois com outros parceiros, para tentar sensibilizar o usuário, vencer a resistência que muita gente tem de usar o cinto nos ônibus”, destaca o diretor-presidente da Agepan, Youssif Domingos. Ao mesmo tempo, a campanha se voltou para as empresas transportadoras, cobrando que cumpram normas já previstas, como disponibilizar o cinto em boas condições e visível sobre o assento, e estabelecendo novas normas de divulgação da orientação, como inscrição nas poltronas e alerta verbal do motorista sobre a obrigatoriedade de usar o equipamento durante toda a viagem.
De acordo com a coordenadora da campanha, a assessora de relações institucionais da Agepan, Silvia Hafez, a distribuição de folders orientativos teve bons resultados, tanto nos terminais, quanto dentro dos ônibus e anexados às passagens. Somadas a outras peças da campanha – spots de rádio, cartazes, faixas – e às ações obrigatórias das transportadoras, o conjunto de informações atingiu o objetivo de sensibilizar um bom número de usuários. “Pela quantidade de pessoas que disseram ter tomado conhecimento da campanha e as que revelaram utilizar o cinto, nossa avaliação é que praticamente metade das que receberam a informação foram impactadas. Se considerarmos que os passageiros declaradamente usuários do cinto são cerca de 50% de todos que viajam, significa que em torno de um quarto do público alvo foi de alguma forma impactado”, explica Hafez.
Para o diretor de Transportes, Rodovias e Portos, Ayrton Rodrigues, o resultado revela que gradualmente o passageiro vai tomando consciência do valor que o equipamento tem para a própria segurança. Segundo ele, além das ações da campanha que foram pontuais, muitas outras são contínuas e podem ser aperfeiçoadas para elevar ainda mais o número de pessoas que aderem ao cinto de segurança.