Atravessando hoje (25) o Rio Paraguai, de Porto Murtinho para a cidade de Carmelo Peralta (PY), a expedição da Rota da Integração Latino-Americana vivenciou a dificuldade logística do presente, em contraste com a transformação prevista para daqui a um ano, com a construção da Ponte Internacional.
A bordo de uma pequena balsa em que cabem seis veículos por vez, a caravana de mais de 30 caminhonetes fez a travessia internacional produzindo belos registros de imagens que em breve vão fazer parte do passado. Abrindo caminho para a infraestrutura moderna, com ligações rodoviárias entre o Atlântico e o Pacífico, a Rota Bioceânica promete alavancar o desenvolvimento do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
Representantes da Agência Estadual de Regulação (AGEMS) na caravana, a diretora Caroline de Transportes, e a assessora técnica da Diretoria de Gás, Energia e Mineração, Adriana Ortiz, participaram da visita às obras da Ponte Internacional, com cerca de 40% concluídos.
“É impressionante ver de perto essa obra que é fundamental para concretizar a Rota Bioceânica. Você imagina como é inviável trazer a produção, incentivar viagens turísticas, promover a circulação entre os nossos países com o sistema acanhado que existe hoje”, conta Caroline. “Estar tão perto dessa obra monumental traz um sentimento de como a Rota da Integração está muito perto de ser realidade”.
Quilômetros rodados em solo paraguaio levaram a Caravana a Loma Plata, no Departamento de Boquerón, onde conheceram a história dos menonitas, fundadores daquela comunidade, que tem a economia baseada na indústria, agricultura e pecuária.
Na sede da cooperativa Chortitzer, um símbolo do modelo como se organiza socialmente essa comunidade, o grupo conheceu lideranças e teve encontro com o governador do Departamento, Walter Aloisius Nopper.
“É muito interessante a história dos menonitas, a organização da cooperativa, a divisão e organização interna em uma sociedade civil – que cuida da educação; saúde; religião – e a sociedade Ltda, responsável pela parte da produção; indústria; comércio”, conta Adriana Ortiz.
Como tantas pequenas e grandes comunidades na RILA, Loma Plata tem expectativas sobre a integração que está para chegar e seus reflexos positivos no intercâmbio de bens e de conhecimento.