Com potencial de expandir a distribuição e agora também de se tornar produtor de gás natural, Mato Grosso do Sul vai avançar projetos desse energético que é parte de importantes ações de desenvolvimento sustentável local. Responsável por regular e fiscalizar o serviço de gás, a Agência Estadual de Regulação (AGEMS) acompanha de perto cada passo dos novos projetos e na segunda-feira (3) recebeu em reunião institucional dirigentes da empresa Eneva, para discutir o início dos estudos geológicos que a empresa fará em uma área exploratória na bacia do Rio Paraná abrangendo quatro municípios do Estado.
O grupo apresentou ao diretor-presidente da Agência, Carlos Alberto de Assis, e ao diretor de Gás, Energia e Mineração, Matias Gonsales, os planos de início dos trabalhos em um dos quatro blocos exploratórios que arrematou no leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no fim de 2020, e que têm fase de exploração com vencimento até novembro de 2028.
O ponto de partida é a área exploratória chamada PAR-T-215: Angélica/Ivinhema/Nova Andradina/Novo Horizonte do Sul. Os estudos de prospecção mais profundos sobre disponibilidade de gás natural começam entre o segundo semestre deste ano e o início de 2025 e servirão de indicativo sobre o tipo de investimento que poderá ser feito.
“O mercado de gás natural no Brasil vem passando por importantes mudanças, e o nosso Estado quer aproveitar todas as possibilidades dessa fonte de energia. O Governo está fazendo a sua parte e a AGEMS, também, porque a regulação tem um papel fundamental na consolidação desses projetos”, afirma Carlos Alberto.
Na reunião na AGEMS, participaram os representantes da Eneva Romulo Florentino, Lucas Ribeiro, Guilherme Bazan e Letícia Nascimento.
Nova fronteira
O diretor Matias Gonsales avalia que as expectativas são boas quanto aos resultados dos estudos que serão feitos. A Eneva tem larga experiência no setor de óleo e gás, sendo considerada a maior operadora privada de gás do País. “Em abril, inclusive, tivemos a oportunidade de conhecer um grande empreendimento do grupo, a Usina Térmica Sergipe, em Aracaju”.
Ao chegar à bacia do Rio Paraná na nova área de concessão de 11,5 mil km, a empresa considera que está abrindo frente em bacia de nova fronteira, similar à bacia do Parnaíba – onde já atua – “mas com localização estratégica”.
Os planos incluem perfuração do 1º poço para 2025 e realização até 4.000 km de mapeamento sísmico.
Os quatro blocos da Eneva estão em dois setores da bacia do Paraná, localizadas em Mato Grosso do Sul e Goiás:
- PAR-T-86: Aporé/GO, Chapadão do Céu/GO e Chapadão do Sul/MS.
- PAR-T-99: Camapuã/MS, Figueirão/MS e Paraíso das Águas/MS.
- PAR-T-196: Anaurilândia/MS, Bataguassu/MS, Santa Rita do
Pardo/MS.
- PAR-T-215: Angélica/MS, Ivinhema/MS, Nova Andradina/MS, Novo Horizonte do Sul/MS.