Estudo está entre os três trabalhos inovadores desenvolvidos pelos técnicos da Agepan
Trazendo boas ideias para ajudar no cuidado com o meio ambiente, a analista e coordenadora da Câmara de Regulação Econômica de Saneamento Básico da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos –Agepan, Iara Sônia Marchioretto, apresentou o estudo técnico sobre a normatização dos resíduos dos serviços de saúde e domiciliares em tempos de pandemia- Covid-19 no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável.
A pesquisa apresentada no Congresso Brasileiro de Agências de Regulação promovido pela Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar) faz parte da categoria do saneamento básico, recursos hídricos com foco nos resíduos sólidos.
Esse estudo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa entre profissionais multissetoriais da área da medicina, biomedicina, engenharia, áreas sociais e aplicadas e contou com a participação da engenheira e diretora de Saneamento Básico da Agepan, Marilucia Pereira Sandim, do acadêmico de medicina Mauro Cesar Gomes Rosa, da acadêmica de arquitetura e conforto ambiental Bruna Marchioretto e da biomédica Ana Carla Gomes.
“O trabalho traz isso, a comparação entre a regulamentação existente nos resíduos sólidos no serviço de saúde comparado ao tratamento dos resíduos sólidos domiciliares, onde a educação ambiental tem bastante relevância, porque é preciso informar a sociedade dos riscos que podem ocorrer com o tratamento incorreto do resíduo em casa”, explica Iara.
A coleta de dados que foi base para a pesquisa ocorreu entre março de 2020 a junho de 2021. Os levantamentos foram realizados em Mato Grosso do Sul que abrange mais de 2,4 milhões de habitantes, mais de 1,4 mil estabelecimentos de saúde e 5,7 mil leitos para internação, sendo 1.599 públicos e 4.111 privados, conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010.
Resíduos domiciliares
O estudo envolveu a necessidade de pensar no resíduo sólido em período de pandemia. Os resíduos no serviço de saúde já são regulados, e com o aumento e a preocupação, foi levantado um material didático para pesquisa como matérias jornalísticas, noticiários, artigos, entre outros, sobre os resíduos sólidos domiciliares durante a pandemia.
“Muitos pacientes de covid-19 talvez não foram até as unidades de saúde buscar atendimento médico, então buscamos entender como essas famílias tratavam de resíduos sólidos e o próprio cuidado que estavam em casa em isolamento. Como, por exemplo, onde as máscaras foram descartadas? Já vimos muitas vezes a máscara jogada na rua. Ela é um resíduo sólido que pode contaminar, então nós buscamos levantar por meio desse trabalho a importância do cuidado do resíduo sólido envolvendo as questões de saúde e meio ambiente”, finaliza Iara.