No Chile, o tema esteve nas discussões oficiais do Fórum e em reunião paralela da AGEMS com ONG de Campo Grande
Além da infraestrutura nas estradas e da modernização dos serviços alfandegários, a implantação da Rota Bioceânica precisa ter garantias de segurança não apenas para o transporte de cargas, como para o trânsito de pessoas. Em Iquique, no Chile, durante o fórum que reuniu governos regionais de Mato Grosso Do Sul, Boquerón, Alto Paraguay, Salta, Jujuy, Antofagasta y Tarapacá, o tema foi incluído no debate, acompanhado por uma representante de Organização Não-governamental (ONG) de Campo Grande convidada para o evento.
Ceurecy Santiago Ramos, presidente da Associação de Capacitação e Instrução de Economia Solidária do Povo (ACIESP) defende que sejam tomadas ações preventivas também para coibir o tráfico de seres humanos, especialmente de mulheres, quando o trajeto se tornar acessível. E a Agência Estadual de Regulação (AGEMS) pode ser uma das principais parceiras nas inciativas.
Em Iquique, por indicação do diretor-presidente Carlos Alberto de Assis, ela se reuniu com a diretora de Transportes, Caroline Tomanquevez, para apresentar a atuação da ONG no apoio às mulheres vítimas de violência e iniciar uma discussão sobre como a Agência pode prestar apoio.
“Foi um primeiro passo para entender o trabalho da instituição, ouvir as preocupações e começarmos a discutir ações da AGEMS. Como responsáveis pela fiscalização de transportes, vamos avaliar o envolvimento das operadoras do serviço, não apenas no futuro, em relação à Rota Bioceânica, mas já imediato”, explica a diretora.
Rota segura
O tema também não passou despercebido nos debates oficiais no Fórum. Trecho do documento de consolidação, chamado Declaração de Tarapacá – cita entre as definições acordadas “a prioridade da segurança para 2025 na Rota face à abertura do corredor no primeiro trimestre desse ano”.
Ao resumir os principais pontos debatidos, o secretário estadual de Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, reforçou esse ponto, informando que será necessário estabelecer um acordo relativo a segurança. “Abriu-se uma mesa de seguridade, para que se discuta a questão de segurança, dentro da Rota, do tráfego de carga, de pessoas”, disse.