O projeto da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS) em parceria com a Way 306 e produtores rurais chamado Fazenda Corredor já está fazendo a diferença na vida de centenas de pessoas. Desde abril de 2022, quando os recursos começaram a ser destinados a entidades assistenciais, muitos investimentos foram feitos.
Os primeiros contemplados, ainda no início deste ano, foram a APAE, a Casa da Sopa e o Lar dos Idosos, de Costa Rica, com o equivalente a R$15 mil cada uma; e a Fundação Gileade, de Chapadão do Sul, e a Comunidade Terapêutica Nova Esperança, de Paraíso das Águas, com recebimento inicial de R$ 4,5 mil.
De lá para cá, novos repasses chegaram, beneficiando mais instituições com o apoio às ações e obras necessários aos seus projetos.
Na Associação Lar Recanto dos Idosos Roberto Lopes Gonçalves, em Costa Rica, parte dos recursos foi investida para colocação de faixas antiderrapantes no piso, oferecendo mais segurança aos residentes. A casa atende atualmente cinco mulheres e dezesseis homens.
O restante do recurso foi aplicado em fundo de investimento e será usado nas obras da nova sede, que começam em breve.
Animada, a presidente da entidade, Margarida Fátima Silva, a primeira etapa é a de arborização e cerceamento da área com alambrado. A conquista do terreno, doado pela Prefeitura, fez a equipe adaptar os planos e, em vez de trocar todo o piso do espaço atual, foram garantidas faixas de segurança, e as novas instalações já seguirão o padrão adequado.
“Agora, com o projeto da construção vamos precisar de muitos recursos, o que recebemos é muito bem-vindo e se houver mais destinação, vai ser de grande ajuda”, ela cita.
No Centro Espírita Amor e Caridade, é a geração mais nova que está sendo diretamente beneficiada. A entidade tem a distribuição de sopa como um de seus projetos. Como programado, parte do recurso foi aplicado na reforma do espaço, incluindo um segundo salão para oferecer recreação e atividade educativa para os filhos das mães que comparecem em busca da alimentação.
Alberto Luis Piva, presidente da Casa da Sopa, conta que a partir de setembro foi retomada a distribuição média de 60 a 80 refeições /dia. “Estávamos suspensos por conta da pandemia, e depois, com as obras, evitamos a circulação das crianças, por segurança. Muitas mães chegam cedo, não apenas para a refeição, como também para pegar doações de roupas, e vão acompanhadas dos filhos. Com a finalização das obras, temos espaço e segurança para melhorar o atendimento”, comemora.
Ciência e desenvolvimento agrícola
O projeto também está levando incentivo ao desenvolvimento científico em favor do campo. Uma das instituições beneficiadas é o Instituto de Pesquisa e Inovação na Agricultura Irrigada – Inovagri Centro-Oeste, que recebeu área às margens da MS-306. Com limpeza e recuperação, o espaço será adequado para tornar a área produtiva. O que for produzido ali será comercializado e o recurso fica para o próprio instituto.
Criado há 15 anos, há cerca de dois o Inovagri conta com uma sede em Chapadão do Sul, que representa toda a região. O diretor-geral, Ricardo Gava, conta que a localização é estratégica, porque permite trazer estudantes e promover a ida para intercâmbio entre os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
“É uma instituição sem fins lucrativos, então para fazer esse trabalho precisamos de recursos financeiros. Ao conseguir utilizar as áreas de domínio da MS-306 para a produção e reverter recurso em bolsa de estudo, em recursos para o Instituto, o projeto permite melhorar o nosso ensino ainda mais”, comemora. “Estamos muito felizes em participar desse projeto, que foi pioneiro em enxergar que essas áreas poderiam ser usadas para a produção de alimentos”.
Concessão pública e desenvolvimento socioeconômico
A Fazenda Corredor é um projeto inédito no Brasil, implementado pela AGEMS e a concessionária WAY-306, com parceria dos produtores rurais. A iniciativa regulariza lavouras tradicionais de cultura rasteira que estão às margens da rodovia.
Com a manutenção do cultivo, os produtores garantem também a limpeza permanente da área lindeira em toda a largura da faixa de domínio, o que ajuda na segurança contra incêndio e até mesmo na segurança viária, servindo como amortecimento em caso de saída de pista.
“Esse é um produto do desenvolvimento sustentável que queremos para o Mato Grosso do Sul, com a participação do investidor privado, com a segurança regulatória e a inovação que a AGEMS está trazendo”, comemora o diretor-presidente da Agência, Carlos Alberto de Assis.